Gengibre


A fama do gengibre vai muito além do gostinho característico do quentão das festas juninas. A planta – ou, mais especificamente, seus rizomas, tipos de caules subterrâneos – não é tão consumida no Brasil quanto em outro países, mas tem importantes substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias que ajudam a diminuir e eliminar os radicais livres, além de atuar na diminuição de dores de cabeça, articulares, musculares e as causadas por fibromialgia, artrites, gastrite e úlceras estomacais. 

De acordo com a nutricionista Ana Paula Fidélis, as propriedades do gengibre, especialmente a substância gingerol, também ajudam a curar resfriados e a melhorar a congestão nasal, por contribuírem na modulação no sistema imunológico. Além disso, a nutricionista afirma que há estudos relacionando o uso do gengibre à diminuição e até melhora de doenças respiratórias como asma, sinusite, rinite, dores de garganta e alergias em geral.

Segundo Ana Paula, um dos principais benefícios do consumo do gengibre é, de fato, o combate aos radicais livres, que são produzidos pela respiração, atividade física, alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, sódio e açúcar, além do estresse, uso de medicamentos, poluentes, conservantes e corantes. “A inflamação está sempre junto com a produção de radicais livres e as causas são as mesmas. As doenças, obesidade, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas também agravam esse processo.”

O gengibre pode ser administrado por sprays, chás ou em preparos. No caso do spray, o ideal é que ele seja usado até três vezes ao dia. Já os chás são bastante válidos, mas não tão eficazes. “O gingerol é uma substância termolábil, ou seja, se aquecida, perde um pouco das suas propriedades.” Por isso, o mais indicado é que se pique uma rodela do gengibre e salpique em saladas e sucos, por exemplo. Quanto mais forte o sabor, mais substância presente. “Já as balas de gengibre não são tão interessantes, pela questão do açúcar presente na sua composição.”

SENSIBILIDADE Ana Paula frisa, porém, que é importante individualizar o uso do gengibre e consultar profissionais competentes para identificar o que é bom para cada um e como introduzir o consumo no dia a dia. Outro ponto importante é o fato de algumas pessoas poderem ser mais sensíveis e ter reação alérgica e apresentar irritação na garganta. “Se a pessoa consumir o gengibre e a garganta começar a coçar demais ou ter refluxo, ou seja, lembrar o dia todo que comeu, devido à má digestão, é indicativo de alergia. Nesses casos, deve-se ingerir bastante água e suspender o consumo do gengibre.” 

Em relação a mitos sobre as propriedades do gengibre, a nutricionista apenas faz um alerta. “Fala-se muito sobre o fato de o gengibre acelerar a queima de gordura, ou seja, é termogênico. É verdade, mas isso só é possível se associado a hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos. O resultado vem com a soma desses fatores, não um só isoladamente.” 

Por ser bastante aromático, outra sugestão de uso do gengibre é a realização de massagens com o óleo da planta. Comuns no Japão, as massagens são tratamentos tradicionais na medicina oriental para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, por exemplo, os rizomas do gengibre são chamados de Gan jiang e apresentam as propriedades acre e quente, ideais para curar gripes, por exemplo. Além disso, banhos e compressas quentes de gengibre também trazem bem-estar e ajudam a aliviar dores.

SAIBA MAIS

Gengibre
O gengibre foi trazido para o Brasil pelos holandeses, no século 16. Os marinheiros chineses, porém, já o usavam há cerca de 2,5 mil anos. Atualmente, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no Sul de São Paulo, que têm condições de clima e de solo mais adequadas.
Fonte: ESTADO DE MINAS – MG



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