Imagem outubro 4, 2018 luciano 1 Comentário
O ozônio é definitivamente o milagre da natureaza. Tem fórmula química O³. É desta forma, um alótropo tri atômico do oxigênio, ou seja, é formado por três moléculas de oxigênio.
Ademais, existe como gás a temperatura ambiente. O gás é quase incolor. Tem tons azulados e com odor pungente. Rapidamente detectável em concentrações baixas como 0.02 a 0.05 PPM (partes por milhão).
A 20°C de temperatura a solubilidade de ozônio é de 570 mg/l, sendo mais solúvel que o oxigênio afinal.
O ozônio foi descoberto em 1785, pelo físico holandês Martinus Van Marum (1750-1837). Conforme percebeu um odor peculiar que foi gerado na proximidade de máquinas eletrostáticas.
Entretanto, foi sintetizado apenas posteriormente, em maio de 1840, pelo químico alemão Christian Friedrich Schönbein (1799-1868).
Em 1857 Werner von Siemens construiu o primeiro gerador de ozônio. Assim sendo, Kleinmann fez a primeira tentativa de destruir microrganismos e também executou além disso, a primeira insuflação de gás em animais e humanos.
Ao passo que em 1870, o médico alemão C. Lender publicou o primeiro trabalho sobre os efeitos biológicos práticos relativos à desinfecção da água.
As descobertas das propriedades antimicrobianas do ozônio revolucionaram de tal forma a medicina. Uma vez que ocorreram setenta anos antes do surgimento da penicilina.
Logo depois em 1873, o Dr. Fox descobriu a capacidade de este agente químico para eliminar microrganismos.
De maneira idêntica, o médico Dr. Kellogg em seu livro sobre a difteria, descreve o seu uso como desinfetante em 1881.
Em 1885, a Associação Médica da Flórida publicou o primeiro livro sobre aplicações médicas de ozônio.
Em 1893, a primeira instalação de desinfecção e purificação de água para consumo humano e dos resíduos foi criada em Ousbaden, na Holanda.
Atualmente são mais de 3.000 estações de tratamento de água com ozônio apenas na Holanda.
Nikola Tesla (1856-1943) de origem croata e, mais tarde, um cidadão dos EUA, patenteou o seu primeiro gerador de ozônio em 1896. Em 1900 fundou a Tesla Ozone Co., fabricante de geradores para uso médico.
Sob o mesmo ponto de vista, Tesla também foi o primeiro a ozonizar o azeite.
Em 1898, os Drs.Thauerkauf e Luth criaram o Instituto de Terapia de Oxigênio-Ozônio na Alemanha.
Em 1902, o Dr. Charles Linder Spokane, escreveu em um artigo em um jornal local. Afirmou que ele havia injetado ozônio como parte de sua prática médica padrão.
Em 1904, Charles Marchand, um químico de Nova York publicou “Os usos Médicos da água ozonizada”. Assim também como “Glycozone” (azeite ozonizado) que está em sua 19ª edição.
Acredite ou não, esta obra está na Biblioteca do Congresso dos EUA. Catalogado com o selo de aprovação sobre ele, como Cirurgia Geral.
Em 1911, um manual prático de correntes de alta frequência foi publicado pelo Dr. Noble Eberhart, chefe do Departamento de Fisiologia Terapêutica da Universidade de Loyola, de Chicago.
No capítulo 9 detalha a zona de utilização no tratamento da tuberculose, anemia, coqueluche, asma, bronquite, renite alérgica, insônia, a pneumonia, diabetes, gota e sífilis.
Em 1913, Dr. Blass fundou a primeira associação alemã de terapia de ozônio.
Em 1915, o Dr. Wolf, cirurgião-chefe dos serviços médicos do exército alemão, estende-se a sua utilização para o tratamento tópico de feridas infectadas, pé congelado, gangrena e úlceras de decúbito.
Em 1929, um livro chamado Ozone e sua ação terapêutica foi publicado em os EUA e lista 114 doenças e como tratá-los com o ozônio. Seus 40 autores foram líderes em muitos dos hospitais proeminentes da época.
Em 1932, um dentista suíço, Dr. Fish, publicou um artigo sobre as aplicações de ozônio em odontologia para tratar a cárie.
E também patenteou o primeiro dispositivo especificamente para esta aplicação, o Cytozon.
Finalmente, em 1933, o declínio de um tratamento tão promissor começou, com a descoberta da penicilina e da insulina.
O surgimento do mercado de medicamentos, fez com que o Ozônio e outros tratamentos lentamente perdessem ainda mais espaço.
Sobre o favor de gigantes empresas farmacêuticas que juntamente faziam forte influência sobre a cultura médica. Nesse ínterim iniciou um poder de influência que ainda hoje existe.
Em 1935 Edwin Payr mostrou o efeito de cura do ozônio em feridas.
Na Alemanha, após a eclosão da II Guerra Mundial, Dr. Wolf publicou “Médico Ozônio”, que é considerado o livro clássico sobre Ozonioterapia.
Apesar de sua utilidade óbvia, o método para cura de doenças infecciosas gradualmente caiu em desuso.
O surgimento de plásticos resistentes, levou o médico alemão Dr. HÄNSLER a fabricar o primeiro gerador de ozônio moderno em 1957.
Os russos estudaram o potencial de solução salina ozonizada, e começaram a desenvolver novos métodos para a aplicação, como o uso na preservação ambiental.
Em 1982, Cuba, segundo conforme estudos, adotou o uso do ozônio na desinfecção de água e outros ambientes. Sobretudo através de investigações sobre as aplicações médicas de ozônio no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNIC), a instituição científica mais experiente no país.
Em 2001, a FDA* atribui o título GRAS** para o ozônio, e permite o seu uso simultaneamente como antimicrobiano para alimentos.
Em 2005, os russos foram os primeiros a registrar o uso em dermatologia e cosmetologia em nível estadual.
Dois anos depois, em 2007, eles também relataram seu uso em ginecologia e obstetrícia, neonatologia e traumatologia.
Em 2008, finalmente a FDA permite o uso como aditivo direto em alimentos, que permanece atualmente.
*FDA – Food and Drug Administration (Administração de Drogas e Alimentos) é o órgão governamental dos Estados Unidos da América responsável pelo controle dos alimentos, suplementos alimentares, medicamentos, cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.
**GRAS – Generally Recognized As Safe and Effective (Geralmente Reconhecido Como Seguro e Eficiente) é a designação da FDA de que um produto químico ou substância adicionada ao alimento é considerado seguro por especialistas, e assim isento dos requisitos de tolerância de aditivos alimentares da Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos dos Estados Unidos.
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