HERPES SIMPLES



    Existem dois tipos de herpes, o Herpes Simples, mais comum, que reaparece de vez em quando e, o Herpes Zoster, que só ataca uma única vez e imuniza a pessoa para o resto da vida. O Herpes Simples é contagioso e geralmente aparece no contorno dos lábios, ao lado da boca, nos órgãos genitais, nádegas e até dentro dos olhos (casos mais raros), podendo levar à cegueira.

   O Herpes Simples Genital é uma infecção viral, contagiosa, causada pelo vírus Herpes Simplex II (HS-II) que afeta principalmente os órgãos genitais de homens e mulheres. Esse vírus é também responsável por várias viroses, como a varicela ou catapora, a mononucleose e o herpes oral ou labial.

   Apesar do vírus Herpes Simples afetar preferencialmente os genitais, a doença é mais freqüentemente observado em mulheres. Nestas, a doença pode acometer a vulva (os lábios ao redor da vagina), o orifício vaginal, o colo uterino e o ânus. Entretanto, provavelmente o herpes genital não afeta o útero, as trompas e nem os ovários, portanto, não causa infertilidade. Nos homens, as lesões do herpes genital podem ser encontradas no pênis e bolsa escrotal.

  O Herpes Simples também pode acometer outras áreas da pele, tais como as nádegas, pernas ou dedos das mãos.

Sintomas

    Quando labial, a pele aonde irá aparecer a lesão começa a ficar mais sensível e a coçar alguns dias antes da lesão aparecer. Inicia-se um pequeno inchaço, formando-se pequeninas bolhas, que geralmente são bastante dolorosas. Quando estas bolhinhas se rompem, surge uma ferida com secreção clara.

   É nesta fase que o vírus pode ser facilmente transmitido. Os sintomas são mais graves nas primeiras infecções, onde o processo de cicatrização pode levar até 4 semanas, mas normalmente após alguns dias a ferida começa a secar e finalmente inicia-se o processo de cicatrização.

   O primeiro episódio de Herpes Genital costuma provocar dor na região afetada. Aparecem também grupos de pequenas bolhas (vesículas) na área genital. Estas vesículas provocam coceira e se tornam dolorosas. A seguir, essas pequenas vesículas se transformam em bolhas maiores e se rompem, deixando no seu lugar áreas ulceradas e dolorosas. Devido a essas lesões pode haver aumento dos gânglios na virilha (íngua) e, algumas vezes, febre. Estes sintomas podem durar de 10 a 14 dias. O Herpes Genital intra-vaginal ou no colo uterino pode provocar corrimento e algum sangramento, mas não costuma causar dor.

   É importante assinalar que algumas pessoas com Herpes Genital não sabem reconhecer nem identificar os sinais dessa infecção e, portanto, podem ser portadoras mas nem saber que têm a doença.

Recaídas

    Quase mais importante que a primeira infecção por Herpes Simples são as recaídas (recidivas) que, praticamente, todos pacientes estão sujeitas. Assim sendo, depois do primeiro episódio o mais comum é o vírus tornar-se inativo e, portanto, não provoca mais infecção nem prejuízo. Mas, ele costuma ser reativado de tempos em tempos, reaparecendo os sinais e sintomas da doença.

   Em geral, a recidiva é menos dolorosa que o primeiro surto. Pouco antes de sua ocorrência o paciente pode referir coceira (prurido), irritação ou maior sensibilidade na região onde habitualmente aparecem as lesões. Os sinais e sintomas que antecedem o aparecimento dos surtos são denominados pródromos.

   Esses pródromos que antecedem o desencadear de uma nova lesão e quando a pessoa pode sentir uma sensibilidade maior numa determinada parte do corpo é benéfica, na medida em que o paciente pode iniciar o tratamento precoce para reduzir o tempo das lesões.

   É interessante assinalar que a recidiva também pode não causar nenhum sintoma. Felizmente, as crises tendem a ser menos freqüentes e menos intensas com o decorrer do tempo.

   As situações que podem provocar o reaparecimento do Herpes costumam ser vários, tanto fatores ambientais quanto individuais. Podem desencadear um novo episódio de Herpes fatores tais como, por exemplo, o excesso de calor, a fricção continuada da região da pele, a fadiga, menstruação, durante estados gripais, fadiga, exposição intensa ao sol ou ao frio intenso e, principalmente, durante transtornos emocionais e estresse. Entretanto, estes fatores desencadeantes podem variar de indivíduo a indivíduo.

   De qualquer forma, é importante que a pessoa que tem Herpes aprenda a reconhecer quais os fatores que podem desencadear uma recidiva e tome todas as precauções possíveis para evitar os estímulos, mantendo, assim, o vírus em estado inativo e a doença em remissão.

   O surgimento do Herpes pode significar que a pessoa esteja passando por um momento de medo, ansiedade, raiva, frustração, depressão e até mesmo pânico e vergonha. A única atitude correta nesta fase é procurar um dermatologista e, de preferência, um tratamento emocional.

A Transmissão

    O herpes genital é geralmente transmitido através de contato sexual. Portanto, toda pessoal sexualmente ativa corre o risco de infectar-se com o vírus. É importante saber que, quando uma pessoa teve ou tem herpes genital, ela pode disseminar ou propagar o vírus e infectar seu parceiro sexual, mesmo sem apresentar sinais de infecção ativa.

   Existem circunstâncias que aumentam a probabilidade de se adquirir herpes. A existência de vários parceiros sexuais e o início precoce da atividade sexual na adolescência são fatores de risco para a contaminação.

Tratamento

    O Herpes Genital ou Labial não tem cura. Uma vez infectada, a pessoa abrigará o vírus pelo resto de sua vida. No corpo, o vírus do herpes permanece nas células nervosas, onde fica num estado de repouso, isto é, inativo. Quando é ativado, ocorre recidiva, com formação de vesículas, que geralmente aparecem no mesmo local.

   Como ainda não há cura, o tratamento atual se restringe ao alívio dos sintomas e à tentativa de redução da freqüência e duração das crises. Por isso, é fundamental que a pessoa que apresente evidências da doença procure um médico logo no início da primeira crise e converse com ele sobre as opções de tratamento.

   Os medicamentos específicos contra o vírus são chamados agentes antivirais e os anti-herpéticos disponíveis, quando empregados corretamente, são capazes de destruir o vírus no interior das células infectadas sem prejudicar as células normais. A escolha do melhor medicamento deverá ser feita exclusivamente pelo médico.

Dr. Luciano Stancka e Silva, Médico






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