Ser gentil deveria ser natural

Ser gentil deveria ser natural
por Elisa Kozasa

Recentemente estive visitando o site da Associação Brasileira de Qualidade de Vida e me chamou a atenção um artigo sobre o “Dia da Gentileza”, que ocorreu no dia 13 de novembro, e foi organizado no Brasil por essa instituição. A data é comemorada por um movimento internacional, o “World Kindness Movement”.

Interessante por outro lado perceber que algo que deveria ser natural em nós, a gentileza, precisa de um dia especial para ser lembrada, principalmente nos ambientes de trabalho. Sorrir para as pessoas, cumprimentá-las parece algo até mesmo estranho, em especial para quem trabalha em uma corporação de uma cidade grande.

Preocupar-se com as necessidades de quem se senta próximo a nós ou na mesma sala, pode ser esquecido num simples gesto como ligar ou desligar o ar- condicionado sem antes consultar os colegas presentes. Pensando no tema gentileza, lembrei-me de algo que me impressionou positivamente quando fiquei hospedada em um hotel na Bahia há alguns anos: desde a camareira até os recepcionistas, cumprimentavam os hóspedes em qualquer lugar que os encontrassem. Na maioria deles o sorriso brotava de maneira natural, criando um ambiente acolhedor. 

A falta de gentileza nas cidades grandes, ou até mesmo a insensibilidade das pessoas perante as necessidades de outras, foi assunto de um documentário que assisti há muito tempo. Infelizmente não me recordo do título do mesmo, mas uma cena que me chamou a atenção foi a de um experimento elaborado para esse documentário em que uma pessoa bem vestida estava caída no chão, em uma avenida de uma grande cidade, e a maioria dos transeuntes nem olhava para ela. Por outro lado, a mesma cena foi realizada com a pessoa caída em um vilarejo, e ela foi imediatamente socorrida. 

Por um tempo tive uma experiência pessoal com um colega que chegava geralmente resmungando baixo sobre algo que havia acontecido antes de sua entrada e não cumprimentava ninguém. As demais pessoas achavam-no sem educação, mal-humorado e começaram com um comportamento de afastá-lo dos círculos de amizade. Até que o grupo resolveu começar a dizer “bom dia” para ele, independentemente de sua reação. Mesmo que “reflexamente” no início, ele começou a responder e aos poucos começou a se aproximar das pessoas. Percebi com esta experiência que muitas vezes colocamos rótulos pré-concebidos nas pessoas e muitas vezes perdemos a oportunidade de conhecê-las melhor. No caso específico, a pessoa chegava tão envolvida em problemas pessoais que não se dava conta inicialmente dos colegas ao seu redor. A decisão do grupo de abrir-se a uma atitude gentil independentemente da ação inicial do colega “ranzinza” mudou o ambiente para todos.

O que podemos fazer para nos tornar pessoas mais gentis no nosso dia-a-dia?

A jornalista e especialista em comportamento Rosana Braga, em seu livro “O poder da gentileza”, dá 10 dicas para facilitar a prática da gentileza.

Dez dicas para você poder 'exercitar' a gentileza 

1. Tente se colocar no lugar do outro. Isso o ajuda a entender melhor as pessoas, seu modo de pensar e agir.

2. Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema

3. Pratique a arte da paciência. Evite julgamentos e ações precipitadas.

4. Peça desculpas. Isso pode prevenir a violência e salvar relacionamentos.

5. Pense positivo. Procure valorizar o que a situação e o outro têm de bom e perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.

6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de você. As diferenças são uma verdadeira riqueza para todos.

7. Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida

8. Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas depende de se descobrir a raiz do problema.

9. Faça justiça. Esforce-se para compreender as diferenças e não para ganhar, como se as eventuais desavenças fossem jogos ou guerras.

10. Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.



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