Idosos sofrem com risco de falta de vitaminas.



Com o passar dos tempos alguns mitos foram derrubados depois de muitos estudos. bochechas rosadas e protuberantes são sinônimos de saúde. Em tempos mais recentes, uma pessoa saudável é aquela que mantém um baixo peso, bem magra, e assim por diante.

O que podemos afirmar hoje, e que serve de alerta à população, é que idosos magros demais merecem atenção especial, pois a falta de peso pode ser um sinal de desnutrição. O que muitos esquecem é que esse primeiro sintoma pode ser o ativador de uma série de fragilidades no idoso.

Muitos acreditam que o emagrecimento é uma forma normal do envelhecimento humano, mas isso não é fato comprovado. Quando uma pessoa tem seu IMC muito baixo, significa que está vulnerável a todos os males que nos cercam diariamente.

Vivemos em uma cultura que muitas vezes esquece que os a terceira idade também necessita de nossa atenção além de cuidados especiais, já que o organismo mais "envelhecido" torna-se, também, mais frágil.

Alimentos nessa faixa etária têm uma função muito importante e as refeições deveriam ser ricas em cálcio, zinco, proteínas e vitaminas D, B12, A e E. A ausência desses alimentos causa a maioria dos problemas comuns a essa idade, como osteoporose, fraturas, fragilidade e baixa imunidade.

Planejamento alimentar

Outros agravantes são problemas odontológicos (falta dos dentes, próteses velhas ou mal-ajustadas), dificuldades na deglutição de alguns alimentos mais rígidos, diminuição de paladar e olfato, além de problemas relacionados à solidão, tristeza e desânimo.

Sem contar que o uso demasiado de remédios pode trazer problemas gástricos e traz os ditos "efeitos colaterais da idade", como a perda de apetite. Outro agravante são as baixas remunerações obtidas na aposentadoria, o que faz com que as pessoas quando mais precisam tenham que restringir a alimentação não pela busca do saudável, mas pela busca do viável financeiramente.

Infelizmente vivemos em um mundo onde não existe um bom planejamento para as pessoas com idades mais avançadas. "Esquecemos que a expectativa de vida tem atingindo bem mais que 60 anos e para chegar nessa idade com saúde e qualidade de vida, devemos trazer essa consciência de jovens", explica Hevana Kosiak, especialista em nutrição, da Gauer do Brasil.

Assim, buscar um planejamento alimentar com um profissional de nutrição é tão válido. Uma dieta equilibrada, rica em sais minerais, proteínas de alto valor biológico, gorduras de boa qualidade ou óleos essenciais, fibras e água, desenvolvida de acordo para cada idoso, pode trazer enormes benefícios e evitar doenças.

Suplementos

O geriatra Luiz Bodachne lembra que não existe um tipo de alimentação específica para a pessoa idosa. Uma alimentação equilibrada, segundo padrões internacionais, deverá ser constituída de 55% de carboidratos, 30% de lipídios e 15% de proteínas, além de vitaminas e sais minerais, variando de acordo com as peculiaridades de cada faixa etária. "Normalmente, na dieta do idoso, há uma diminuição do valor calórico total - em média, 1.600 calorias aos 65 anos", ressalta.

Durante a vida muitas pessoas apresentam alterações leves, sem maiores deficiências funcionais, só que essas mesmas alterações nessa faixa etária, podem levar a sérios prejuízos, inclusive na qualidade de vida do idoso.

O mais importante de tudo isso é entender que envelhecer não é sinônimo de doença. "Esse conceito é errado e deve ser desmistificado, para que os nossos "velinhos" sejam vistos de maneira séria e integrada nas diversas áreas de prevenção, tratamento e promoção da saúde", reconhece o farmacêutico e bioquímico Ricardo Kosiak.

Com base nessas constatações, podemos dizer que além de alimentos importantíssimos à saúde, é necessário investigar as condições nutricionais do idoso e, caso necessário, fazer a indicação de uma suplementação com vitaminas, que são grandes aliadas da saúde e da vida moderna.

As mais indicadas para o consumo deve conter cálcio, zinco, proteínas e vitaminas D, B12, A e E. Com elas, a necessidade diária do idoso estará suprida. Vale à pena lembrar que o ideal é que a recomendação de uso seja feita por um médico ou nutricionista de confiança.

O envelhecimento populacional determina problemas de aspectos médico, social e econômico, não só nos países desenvolvidos, onde o número de pessoas idosas é significativo, como em países em desenvolvimento, como o Brasil. Para Bodachne, devemos estar preparados para enfrentar uma realidade com a qual devem se familiarizar os profissionais das áreas sociais e de saúde.

Princípios gerais da alimentação em idosos

Equilíbrio - A alimentação deve contemplar diversos componentes, como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas.

Redução - Diminuir a quantidade em cada refeição, podendo aumentar o número delas.

Variação - Para estimular o apetite deve-se mudar a sua apresentação, evitando a anorexia - doença comum em idosos.

Digestão - Escolher alimentos de fácil digestão, com consistência mais branda, pastosa ou semilíquida.

Moderação - Ingerir moderadamente substâncias que estimulam o sistema nervoso, como café e álcool.

Fracionamento - Pode-se atingir até seis refeições diárias, em pequenas quantidades.

Líquidos - Ingerir água nas quantidades ideais (em média, um litro e meio ao dia).

Fibras - Para melhorar o sistema intestinal é ideal a ingestão de alimentos ricos em fibras.
Fonte: O ESTADO DO PARANÁ – PR



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