Comer Carne Faz Bem

 DR. ALEXANDRE FELDMAN on 17/11/2011

carne

É muito importante para a indústria alimentícia – baseada em açúcar, farináceos, soja, milho e uma série de produtos alimentícios, digamos, não tão naturais assim – espalhar DESinformações e clichês tão prejudiciais a todos nós que buscamos o caminho da informação honesta. Um bom exemplo é a DESinformação de que a carne não seria um alimento natural e saudável, que a carne faz parte de um mundo industrializado, que a carne movimenta toda uma cadeia produtiva que leva a natureza à devastação. Nada poderia estar mais longe da verdade!

A carne é, SIM, um alimento natural e simples. A carne ocorre na natureza e a fonte da carne são os animais que comemos.

A carne in natura, de animal criado solto em pasto (e não em cativeiro à base de ração!) não faz parte do mundo industrializado e não “movimenta toda uma cadeia produtiva que leva a natureza à devastação”. Isso é uma grande desinformação, nada mais que um grande chavão, um cliché que infelizmente “pega”. E ao “pegar”, compromete nada mais, nada menos que a saúde de homens, mulheres e crianças.

Pois não são os animais, mas sim o processo de industrialização e globalização da AGRICULTURA, com as práticas totalmente injustas de “produção industrial” das “fábricas-fazendas”, o uso de venenos agrotóxicos, venenos pesticidas, venenos herbicidas, um sem-número de fertilizantes industriais altamente tóxicos etc, os grandes responsáveis pela devastação atual dos recursos naturais, pelo esvaziamento dos lençóis freáticos e pela falência financeira dos pequenos produtores rurais e desaparecimento cada vez maior da fabricação e comercialização de alimentos verdadeiramente caseiros em pequena escala.

Arar pastos e passar a utilizá-los, ao invés, para agricultura, *não é prática sustentável*. *Não beneficia o meio ambiente*. E *não contribui para diminuir a fome no mundo*. Apenas uma pequena porcentagem da superfície do nosso planeta se presta naturalmente para o cultivo. Mais que isso somente pode acontecer através de deflorestamento, fertilizantes químicos, irrigação em grande escala (potencialmente prejudicial SIM ao ecossistema) e devastação dos ecossistemas.

O solo do nosso planeta está sendo verdadeiramente devastado por monoculturas e outras práticas ecologicamente insustentáveis. Não importa quanto adubo, quanto rodiízio e quanta combinação de plantas houver numa terra, essa terra jamais poderá ser verdadeiramente restaurada sem o auxílio de animais – não só pela capacidade que esses animais possuem de adubar naturalmente a terra, mas também pela sua capacidade de beneficiá-la graças ao pastejo rotativo. Se os excrementos animais representam um problema terrível para o meio ambiente nas “fazendas-indústrias” (as quais, por sinal, já são uma realidade e uma verdadeira praga no Brasil no que diz respeito ao frango – masainda não ao boi), esses mesmos excrementos representam adubo importantíssimo, valiosíssimo e vital num ambiente de produção familiar, mista, em pequena escala.

Sim, é verdade que também a prática abusiva do pastejo, infelizmente, já destruiu muito da nossa ecologia e geografia – mas a solução para isso é o pastejo sustentável, ou seja, o retorno à agricultura/pecuária familiar de pequena escala!

A agricultura/pecuária familiar da  diversidade, dos aloporques e da interdependência são a verdadeira resposta para quem busca a recuperação da nossa terra, ecologia e geografia – e também da economia!

O retorno à produção local, amiliar, sustentável, em favor da industrial, gera sustento bem mais digno para os pequenos produtores rurais que fornecem, diretamente, cada um a seu nicho da comunidade.

Muitos historiadores, filósofos, economistas e pensadores já tentaram sugerir, através dos tempos, uma série de soluções as mais diversas para a disparidade social que distancia cada vez mais os ricos e poderosos dos pobres sem poder, seja através da criação de partidos políticos, seja através de organizações não governamentais, seja mesmo através de guerras e revoluções.

Mas talvez o caminho mais fácil para devolver o poder às pessoas comuns, famílias e comunidades locais e regionais, seja depositar a produção de alimentos (e por que não também outros artigos de consumo) nas mãos dessas mesmas pessoas, famílias e produtores locais. E todos nós – cada um de nós! – podemos colaborar com a realização dessa meta, simplesmente deixando de consumir alimentos industrializados, passando a adquiri-los diretamente de produtores locais.



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