No passado recente, o uso de suplementos de testosterona foi repetidamente associado a um risco cardiovascular aumentado. Atualmente, uma avaliação realizada por cientistas dos EUA refuta esta suposição. Dúzias de estudos não encontraram esses efeitos, escreveram os pesquisadores na revista “Mayo Clinic Proceedings”.

Para a análise, apenas quatro estudos realizados desde 1940 chegaram à conclusão de que as terapias com suplemento de testosterona elevavam o risco cardiovascular. Dois desses estudos foram duramente criticados na literatura científica por motivos de metodologia, disse o líder do estudo Abraham Morgentaler do Beth Israel Deaconess Medical Center em Boston (Massachusetts).

Os outros estudos, que haviam testado suplementos de testosterona em associação com inúmeras doenças cardíacas (doença arterial coronariana, AVC, angina, insuficiência cardíaca e níveis de colesterol), encontraram, frequentemente, uma correlação entre níveis baixos de testosterona e um aumento da mortalidade. Até mesmo a aterosclerose e a incidência e gravidade da doença arterial coronariana eram mais prováveis com baixos níveis do hormônio. Fatores de risco para doenças cardiovasculares melhoraram durante a terapia com testosterona e taxas de mortalidade diminuíram comparado a homens com níveis baixos de testosterona e que não haviam tomado suplementos.

Além do mais, foi observado que a testosterona tinha efeitos positivos sobre a densidade óssea, o impulso sexual e a energia, segundo o estudo. Estudos também indicaram uma melhora na sensibilidade à insulina, diminuição nos níveis de glicemia e hemoglobina A1C em homens obesos e diabéticos tipo 2, disse Morgentaler.