A progesterona
É uma espécie de "mãe" dos demais hormônios esteróides, ela dá origem a hormônios masculinos e
femininos, que estão presentes tanto no homem quanto na mulher. O equilíbrio das quantidades é feito
por um complexo sistema de glândulas e o próprio organismo regula as variações.
O excesso de progesterona promove redução de libido, pois bloqueia uma enzima chamada 5-alfa-redutase, que
normalmente causa a conversão de testosterona em DHT. A testosterona é benéfica para a libido, tanto do homem
quanto da mulher. Progesterona em excesso também pode diminuir a libido porque ela satura e dessensibiliza os
receptores de progesterona, da mesma forma que um excesso de luminosidade no olho humano reduz sua
sensibilidade à luz.
Envelhecimento e a Progesterona
À medida que o homem envelhece, seus níveis de progesterona decrescem, como acontece com mais intensidade na mulher.
Na mulher, essa queda começa por volta dos 35 anos, e no homem em torno dos 45.
Quando caem os níveis de progesterona no homem, a enzima 5-alfa-redutase converte testosterona em outro hormônio mais potente, a DHT( di-hidrotestosterona ), o qual não remove as células cancerosas da próstata, que foram estimuladas pelo estradiol. (a próstata é embriologicamente similar ao útero). O hormônio estradiol também estimula o crescimento da próstata (hiperplasia benigna), que em muitos casos acaba se transformando em câncer.
Por inibir a ação da enzima 5-alfa-redutase, a progesterona evita que o organismo converta testosterona em DHT (diidrotestosterona)
Hormônios São substâncias químicas que transferem informações e instruções entre as células. Chamados de "mensageiros químicos do corpo", os hormônios regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas, e regulam o metabolismo (o processo usado pelo organismo para produzir energia a partir dos alimentos).Diferentemente das informações enviadas pelo sistema nervoso, que são transmitidas via impulsos elétricos, se deslocam rapidamente, têm um efeito quase imediato e de curto prazo, os hormônios são mais vagarosos e seus efeitos mantêm-se por um período mais longo de tempo.
A maioria dos hormônios é produzida pelas glândulas do sistema endócrino, como a hipófise, a tireóide, as
supra-renais, além dos ovários e testículos. Essas glândulas endócrinas produzem e segregam os hormônios diretamente na corrente sangüínea. Porém, nem todos os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas.
Normalmente os hormônios são classificados em dois tipos principais,com base na sua composição química.
Os hormônios peptídicos
Quase todos os hormônios são peptídios, ou derivados de aminoácidos, que incluem os hormônios produzidos
pela parte anterior da hipófise, pela tireóide, paratireóides, placenta e pâncreas.
Os hormônios peptídicos são normalmente produzidos na forma de proteínas maiores. Quando seu trabalho é
exigido, esses peptídios são decompostos em hormônios biologicamente ativos e secretados no sangue, para que
circulem em todo o organismo.
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O pâncreas
Produz a insulina e o glucagon, hormônios que regulam a taxa de açúcar utilizada pelo
organismo.
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A medula das glândulas supra-renais
Produz adrenalina e noradrenalina, hormônios que em situações de emergência (perigo, medo) estimulam
respostas prontas e vigorosas
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Tireoide
Fabrica T3 e T4, hormônios todo-poderosos no comando do metabolismo. Uma de suas principais tarefas é a
queima de calorias para gerar energia.
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Paratireoide: produz o paratormônio, que controla o metabolismo do cálcio, fundamental para a saúde dos
esqueleto.
>> Os Hormônio esteróides (sexuais) - que incluem os hormônios secretados pelas glândulas supra-renais, ovários e
testículos. Os hormônios esteróides são sintetizados a partir do colesterol e modificados por uma série de reações
químicas, até que um hormônio fique pronto para ser posto em ação imediatamente.
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Suprarrenais - sintetizam os hormônios adrenalina e cortisol, relacionados ao metabolismo dos nutrientes e ao
sistema de alerta em situações de perigo.
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Hipotálamo: comanda o trabalho da hipófise, regulando a liberação de seus hormônios.
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Hipófise: produz GH, o hormônio do crescimento, que estimula a massa muscular e a queima de gordura. Secreta
ainda o hormônio folículo estimulante, responsável pelo crescimento dos folículos nos ovários. E o LH - hormônio
luteinizante, que ativa a ovulação. É tarefa da hipófise ainda fabricar o hormônio antidiurético, que controla a eliminação
de urina.
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Ovários
Secretam estrógeno, hormônio responsável pelas características femininas, inclusive o ciclo menstrual. E a
progesterona, que prepara o corpo para a gravidez e mantém a gestação.
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Os testículos
Os testiculos tem duas funções, endócrina e gametogênica, vamos a elas:
>> a função endócrina consiste na produção do hormônio masculino, a testosterona, pelas células de Leydig, também
conhecida como células intersticiais. Existe ainda aqui uma pequena produção de estriol (hormônio feminino).
>> a função gametogênica (produção de gametas, no caso do homem, dos espermatozóides ou espermatogênese) tem
sua sede nas células de Sertoli.
Os testículos estão sujeitos às influências hormonais da pituitária (hipófise) e hipotálamo.
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O FSH ( Hormônio Folículo Estimulante )
Estimula a produção dos espermatozóides, enquanto o LH (Hormônio Luteinizante) estimula a produção da
testosterona. É o hormônio responsável pela produção dos hormônios esteróides.
A determinação nos níveis de LH tem aplicação na investigação dos problemas de infertilidade de ambos os sexos. Na
mulher, detecta a presença ou não de ovulação. Na infertilidade masculina, os valores normais de LH e elevados de
FSH são indicativos de falência espermatogênica.
A testosterona testicular vai estimular a formação dos canais (ductos) deferentes e vesículas seminais, enquanto que
seus sub-produtos, que são metabólitos induzidos (formados) pela:
>> a enzima 5-alfa redutase;
>> a deidrotestosterona - DHT;
>> a deidroepiandrosterona - DHEA;
Observação: todas estimulam a formação da próstata e genitália externa.
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Como a TESTOSTERONA é liberada ?
O FSH ( Hormônio Folículo Estimulante )
Estimula a produção dos espermatozóides, enquanto o LH (Hormônio Luteinizante) estimula a produção da testosterona.
É o hormônio responsável pela produção dos hormônios esteróides.
Nos homens existe um sistema específico que regula a produção de testosterona. Funciona mais ou menos assim:
quando seu organismo é estimulado, ou detecta que precisa produzir testosterona ele manda um sinal para o
Hipotálamo que por sua vez libera o Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH). O GnRH atua sobre a Hipófise
(Glândula Pituitária) causando a liberação do Hormônio Luteinizante (LH) e do Hormônio Folículo Estimulante (FSH).
O LH e o FSH viajam pelo seu corpo até os seus testículos e lá estimulam as Células de Leyding a produzir a tão
preciosa Testosterona.
Os hormônios esteróides, nos homens em especial a testosterona, regulam o comportamento sexual, principalmente,
por intensificar a resposta do organismo a relevantes estímulos sexuais. Para isso, alteram a síntese, a liberação e/ou
os receptores para diversos neurotransmissores em diferentes áreas cerebrais (HULL et al., 1999).
A produção e a liberação de testosterona dependem do hormônio luteinizante, secretado pela hipófise. A secreção de
LH depende do equilíbrio entre o hipotálamo, hipófise e gônodas, através da ação de vários neurotransmissores. O papel
exato da serotonina na secreção deste hormônio ainda permanece incerto, entretanto, vários estudos demonstram que
diferentes circuitos serotoninérgicos podem mediar efeitos opostos na secreção de LH. Aparentemente, a dopamina parece
ter um efeito inibitório ou estimulatório na liberação de LH, dependendo das circunstâncias. A elevação dos níveis de
dopamina na fenda sináptica induzida por bloqueio das proteínas transportadoras de recaptação inibem a liberação do GnRH.
A redução do hormônio hipotalâmico leva a uma diminuição do nível de hormônio testosterona (REHAVI et al. 2000).
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A próstata
A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor do homem, produzindo (secretando) um líquido que se
junta à secreção da vesícula seminal para formar o sêmen (esperma) e auxiliar no transporte dos espermatozóides,
produzidos nos testículos até a sua ejaculação durante o orgasmo. É também dentro dela que ocorre a transformação
do principal hormônio masculino - a testosterona - em DHT (diidrotestosterona), que, por sua vez, é responsável pelo
controle do crescimento dessa glândula.
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5-alfa-reductase
Enzima responsável pela conversão da testosterona em DHT (diidrotestosterona)
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DHT ( di-hidrotestosterona )
DHT é criado a partir do hormônio masculino testosterona pela enzima 5-alfa-redutase, obtida através da ação
da enzima 5 alfa redutase na molécula de testosterona.
>> Poderoso hormônio e que é tido como causador da calvície, da acne, do hirsutismo (excesso de pêlos);
>> tem sido associada com a hipertrofia prostática benigna (HPB) e câncer da próstata - pois é o homônio
responsável pela multiplicação das células da próstata;
>> esta correlacionada proporcionalmente ao impulso sexual assim como as habilidades eréteis nos homens.
>> é o mais potente androgênio que ocorre naturalmente, e é produzido da testosterona livre através da ação da
5-alfa-redutase. Concentrações de 5-alfa-redutase são mais elevadas no tecidos periféricos (pele genital e folículos
capilares).
>> A calvície em homens e mulheres acontece por causa dos efeitos da DHT nos folículos capilares
pré-dispostos geneticamente. A ligação da DHT ao folículo capilar resulta na miniaturização gradual do cabelo e
eventualmente a perda de cabelo.
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LH (Hormônio Luteinizante)
Estimula a produção da testosterona. É o hormônio responsável pela produção dos hormônios esteróides
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Enzima Aromatase
A Aromatização ocorre quando há elevação de uma enzima chamada Aromatase (presente principalmente no tecido
gorduroso, especialmente aquele que se forma no abdomen do homem ao chegar a meia idade) e esta enzima começa
fazer a transformação do hormônio masculino (Testosterona) em feminino (Estrógenos), responsáveis por uma série de
sintomas e distúrbios no homem.
A Aromatase aumenta os níveis de Estrogênio no corpo e fazem cair o de Testosterona. Essa enzima é responsável
pela conversão da testosterona em estradiol, no âmbito intracelular. Assim, diferentes homens (e mulheres) podem
apresentar diferentes níveis de estradiol no organismo, pois os níveis variam de uma pessoa para outra
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SHBG - Globulina Ligadora dos Hormônios Sexuais
É uma glicoproteína sintetizada pelo fígado. Sua função é transportar os hormônios sexuais. É útil na avaliação
complementar do hiperandrogenismo, uma vez que sua elevação pode levar ao aumento dos níveis de testosterona total
mas não dos de testosterona livre.
Certifique-se que as vitaminas A,D e E estejam presentes na sua dieta
Assim como a vitamina C e o Zinco, as vitaminas A, D e E são essenciais na produção da testosterona. Logo, se você
não tem alimentos ricos nessas substâncias em sua dieta, certamente terá sua produção de testosterona reduzida.
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SHBG (Sex Hormone Binding Globulin - Globulina Ligadora dos Hormônios Sexuais)
Sua função é transportar os hormônios sexuais
No sangue, a Testosterona circula vinculada a proteínas. A maior parte, cerca de 98%, circula vinculada a um
proteína conhecida como SHBG (globulina de ligação do hormônio sexual). A ligação química da Testosterona
com essa proteína é muito forte – na prática, enquanto ligada a essa proteína, ela é inativa, pelo que dizemos que
é bioinativa, ou seja, não exerce efeitos sobre o organismo. Os outros 2% se ligam a outra proteína, mas de forma
quimicamente frouxa, de sorte que ela pode ser facilmente liberada. Alguns chamam esta última de Testosterona
livre ou biodisponível. A Testosterona total é a soma das duas. Podemos conseguir uma maior ação da testosterona
aumentando a porção livre de modo natural, via ação sobre a SHBG.
É aquela que nos fornece o melhor. Porquê ?
Porque esta é a principal razão porque a testosterona pode não estar disponível para chegar ao receptor da célula.
Quando a testosterona se liga ao SHBG, já não é possível utilizar as suas funções anabólicas.
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As propriedades do SHBG X disponibilidade de Testosterona
>> Os níveis desta proteína ligante aumentam quando existe excesso de estrogéneo presente. Inversamente, os
níveis de SHGB descem quando a testosterona está elevada.
>> O SHBG tem maior afinidade com testosterona do que com estrogéneos. Por isso, qualquer mudança nos níveis
do SHBG influencia notavelmente os níveis de testosterona disponíveis.
>> Uma vez que sua elevação pode levar ao aumento dos níveis de testosterona total mas não dos de testosterona
livre
>> Menos de 1% da testosterona circulante está numa forma livre nos homens // Menos de 3% nas mulheres
>> Apenas quando está numa forma livre este hormônio pode usufruir as suas propriedades ligando-se aos
receptores androgénicos nas paredes celulares. Baseado num estudo 14% a 50% da testosterona está ligada
ao SHBG nos homens e 37% a 75% nas mulheres.
>> Tais circunstâncias alteram seus valores, como estrógenos e hormônios tireoidianos (hipertireoidismo).
Tamoxifeno, fenitoína e cirrose hepática elevam os níveis de SHBG. Já os andrógenos, os glicocorticóides, o
hormônio do crescimento, o hipotireoidismo, a obesidade e a acromegalia cursam com níveis diminuídos de
SHBG.
Transportadores de SHGB
A testosterona cai na corrente sanguínea e se liga a duas proteínas: Globulina (SHBG) e Albumina. Essa ligação
serve para três coisas:
>> Fazer a testosterona solúvel para ser transportada pelo sangue;
>> Proteger a testosterona da degradação pelos rins e fígado;
>> Servir como reservatório.
Exceto o SHBG ( 1º transportador) existem duas proteínas ligantes de testosterona,também chamados
transportadores:
>> 2º transportador - Albumina . É uma proteína ligante com baixa afinidade, deste modo a testosterona
ligada a ela é considerada disponível. A albumina liga-se á testosterona num intervalo entre 45% a 85%
nos homens (25 – 65 nas mulheres).
>> 3º transportador - Transcortina ou (CBG) Globulina Ligante do Cortisol, que liga também com pouca
afinidade com menos de 1% da testosterona em circulação.
A transcortina é uma alfa-globulina. Liga-se a várias hormonas esteróides, entre a quais:
> Cortisol - Aproximademente 75% do cortisol em circulação no sangue está ligado a esta proteína.
Julga-se que o cortisol é biologicamente ativo apenas quando não está ligado à transcortina;
> Aldosterona - 60% da aldosterona no sangue está ligada a esta proteína;
> Progesterona;