Um estudo dito como primeiro a mostrar que o consumo crônico de leite fermentado (iogurte) com probióticos pode alterar a atividade cerebral em humanos foi publicado em Gastroenterology, representando um grande avanço no entendimento do eixo de comunicação entre o intestino e o cérebro.

 

 

Os probióticos são definidos como sendo microrganismos vivos que quando administrados em quantidades adequadas conferem benéfica saúde ao hospedeiro. E, baseado em um crescente número de estudos, quando se trata da saúde dos microrganismos que vivem na flora intestinal, os benefícios vão muito além do intestino: desde o controle de peso ao suporte imune e resposta alérgica, ou mesmo desde a saúde bucal à redução de colesterol.

 

O novo estudo da autora Tillisch e colegas examinou o papel do iogurte contendo 5 cepas probióticas:  Bifidobacterium animalis subsp Lactis, Streptococcus thermophiles, Lactobacillus bulgaricus, e Lactococcus lactis subsp Lactis.

 

Foram recrutadas 36 mulheres saudáveis sem sintomas gastrointestinais ou psiquiátricos e, aleatoriamente, as dividiram em 3 grupos: grupo 1 recebeu iogurte contendo probiótico; grupo 2 recebeu iogurte sem probiótico; grupo 3 não recebeu intervenção. Periodicidade: 2 vezes por dia durante 4 semanas.

 

Os resultados mostraram que o probiótico afetou a atividade de regiões do cérebro que controlam os processamentos centrais da emoção e sensação. Isto traz a conclusão que o conceito da comunicação entre o cérebro e o intestino é realmente existente e que tal interação pode ser modificada, mesmo em mulheres saudáveis.

 

Fonte: Tillisch, K, et al. Consumption of Fermented Milk Product With Probiotic Modulates Brain Activity. Gastroenterology. 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1053/j.gastro.2013.02.043