Coenzima Q-10

Coenzima Q-10
 
Introdução:
A Coenzima Q-10, também denominada Ubidecarenona, é uma benzoquinona presente em praticamente todas as células do organismo e que participa dos processos de produção de ATP (LITTARRU, 1994). Por ser essencial nesse processo, órgãos com maior demanda energética como o coração, o cérebro, rins e fígado, apresentam maiores concentrações de Coenzima Q-10 (OKAMOTO, 1989; ABERG, 1992; SHINDO, 1994).
Após os 30 anos a quantidade fabricada pelo organismo é tão pequena que o nutriente se tornará essencial, pois suas células não obtêm a quantidade suficiente de Coenzima Q-10. Uma pesquisa sobre Coenzima Q-10, iniciada em 1957, descobriu que no sangue dos cardiopatas há 25% menos Coenzima Q-10 do que nos indivíduos sadios. A Coenzima Q-10 tem sido usada em muitos países para tratar de doenças crônicas relativa ao envelhecimento, principalmente para os cardíacos. O Dr. Robert Atkins, no seu livro A Revolução do Vitanutriente, cita que três estudos separados demonstraram que após administrarem Coenzima Q-10 a milhares de pessoas com insuficiência cardíaca, obtiveram uma melhora de 75% na função pulmonar, do edema e das palpitações, sem efeitos colaterais. Nada na cardiologia tradicional chega perto desse tipo de sucesso. 
 
Propriedades:
A Coenzima Q-10 é um nutriente ou agente terapêutico perfeito, devido à sua baixa toxicidade e por não provocar perturbações maiores no metabolismo da Coenzima Q-10 endógena. Apresenta efeitos extraordinários sobre o resultado do tratamento de uma série de graves condições mórbidas. 
Além de ser um componente essencial da cadeia respiratória da mitocôndria, que na célula desempenha um importante papel na produção de ATP, é a principal fonte de energia celular. Pode ser considerado um nutriente de grande valia para pacientes com grave insuficiência, ajudando-os em seu estado geral. A Coenzima Q-10 é necessária para o uso eficiente de oxigênio, controla o fluxo de oxigênio intracelular, diminui a hipóxia e o impacto da isquemia sobre o coração em condições de aporte insuficiente de oxigênio. 
Também desempenha um papel antioxidante inespecífico na célula e pode diminuir o dano potencial de radicais livres, resultantes da peroxidação de ácidos graxos insaturados na célula. Tais propriedades biológicas se refletem em ganhos nutricionais e benefícios para as condições gerais de saúde. 
A Coenzima Q1-0 melhora a produção de energia e a desempenho físico em atletas, particularmente os de faixa etária mais avançada.  Melhora a função cardiovascular, regenerando tecidos lesados, e promove a melhora de distúrbios do sistema cardiovascular como a hipertensão arterial. Previne e cura doenças periodontais. 
Estimula o sistema imunológico enfraquecido ou comprometido, melhorando não somente produção de anticorpos e de linfócitos T, mas também como aumentando a atividade fagocitária, incrementando o fluxo energético intracelular. Neutraliza os radicais livres que são importantes do sistema de defesa antioxidante da célula.  
Acredita-se que o dano oxidativo causado pelos radicais livres contribua não apenas para o processo de envelhecimento, mas para a patogênese de muitas doenças cardiovasculares, neoplasias, artrites e vários distúrbios auto-imunes.  
A Coenzima Q-10 apresenta propriedade antienvelhecimento por possuir capacidade de melhorar o estado de energia das células e aumentar a eficiência da utilização do oxigênio.
A Coenzima Q-10, externamente atua inibindo a peroxidação lipídica e estimulando o sistema imunológico da epiderme, deixando a pele com aparência mais jovem e saudável. Auxilia o metabolismo celular, auxiliando seu reparo.
 
Mal de Parkinson: 
Alguns estudos preliminares começaram a sugerir que, em estágios iniciais da doença, a ingestão diária de determinadas doses de Coenzima Q-10 pode ajudar a retardar o processo degenerativo. No final de um dos estudos, em 2002, grupos aos quais eram ministrados 1200mg diárias de Coenzima Q-10 apresentavam melhora na função mental, motora e na capacidade de realizar atividades cotidianas (como se vestir e se alimentar) 44% maior em comparação ao grupo tratado com placebo (PALAN PR, 2010).
 
Insuficiência Cardíaca:
A produção da Coenzima Q-10 decai a partir dos 30 anos. A partir dessa idade é necessário a reposição do mesmo para contribuir positivamente para manter os batimentos cardíacos em frequência benéfica.
A Conzima Q-10 pode oferecer mais segurança ao seu sistema cardiovascular.
 
Câncer:
Alguns estudos realizados em 1961 levantaram indícios de que pessoas com cancros na mama, no pulmão, pâncreas, rim, cólon, linfoma e mieloma múltiplo possuíam quantidades inferiores de Conzima Q-10 na corrente sanguínea.
A suplementação da Conzima Q-10 pode regular os níveis de doxorrubicina, uma droga que age como antitumor. Pesquisas foram realizadas em mulheres com câncer de mama, e a maioria delas obtiveram sucesso com o tratamento com a Conzima Q-10.
 
Sistema Imunológico:
A capacidade de nosso corpo de se proteger pode ser beneficiada a partir do consumo da Coenzima Q-10, pois ele contribui com sua ação antioxidante, o que recua a possibilidade de envelhecimento de nossas células ao ajudar a neutralização das moléculas prejudiciais – os radicais livres – o que dá uma proteção mais segura para o nosso sistema imunológico.
 
Fonte Energética:
O consumo regular de Coenzima Q-10, melhora o condicionamento físico devido a ação catalizadora, o que proporciona uma melhor vasodilatação, garantindo um melhor transporte de oxigênio e substâncias pelo corpo.
 
Antioxidante:
Esse efeito pode não só beneficiar o funcionamento de seu organismo, mas a beleza de sua pele e cabelos. A ação antioxidante pode favorecer à redução das marcas de expressão, rugas e até flacidez, além de oferecer o efeito antiinflamatório.
 
Infarto Agudo do Miocárdio:
A utilização da Coenzima Q-10 como suplemento para pacientes que sofreram um ataque cardíaco mostrou uma diminuição dos casos de outros problemas relacionados como angina, arritmia e até mesmo outros infartos subsequentes comparando-se com pacientes que tomaram placebo em vez de Coenzima Q-10 após sofrerem o ataque (LODI RT, 2000; SING RB, 1998).  
 
Lesão muscular em atletas de alto desempenho:
A suplementação com Coenzima Q-10 300mg, uma vez ao dia, reduz o risco de lesão muscular induzida por exercícios físicos em atletas treinados. Segundo os
pesquisadores, a administração aguda de Coenzima Q-10 em jovens saudáveis modifica o metabolismo energético mitocondrial e os estímulos do sistema nervoso autônomo após a realização de exercícios físicos correlacionando a eficácia ergogênica desta suplementação (ZHENG A, 2008).  
Outro estudo pré-clínico avaliou os efeitos da suplementação com Coenzima Q10 na injúria muscular e no estresse oxidativo induzidos por exercícios físicos exaustivos (SOHAL RS, 2007).  
Os resultados mostram que a suplementação com a Coenzima Q-10 reduz a injúria muscular em atletas submetidos a esforço físico exaustivo. A Coenzima Q-10 reduz a concentração plasmática de creatina quinase, enzima indicadora de estresse muscular. A eficiência da suplementação com Coenzima Q-10 na prevenção do dano muscular causado por exercícios físicos e treinamento esportivo está relacionada com os seguintes fatores:
• Potente ação antioxidante; 
• Propriedades estabilizadoras da membrana; 
• Atua na síntese de ATP nas mitocôndrias; 
• Estimula a captação de oxigênio no músculo esquelético; 
• Reduzo o risco de lesão muscular em atletas.  
 
Periodontite:
Tem sido utilizada também nas Doenças Periodontais, pois aumenta o ritmo de cura do tecido da gengiva, melhora o edema, o sangramento e a dor.
 
Indicações:
Por sua capacidade de transferir elétrons e, portanto, trabalhar como um antioxidante, a Coenzima Q-10 tem sido indicada para tratamento de distúrbios associadas ao estresse oxidativo, como os cardíacos e neurológicos, fibromialgia, infertilidade masculina e melhora da qualidade do sêmen, regeneração muscular; periodontite e reduz o risco de lesão muscular em atletas.



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